Friday, February 27, 2015

A “penaltidependência” do Vitória de Guimarães

André André arrisca-se a ser um dos melhores marcadores da liga portuguesa. À passagem da 22ª jornada, o médio de 25 anos soma 11 golos, pulverizando todos os números das épocas anteriores, sendo que apenas três desses tentos não resultaram de pontapés da marca de grande penalidade. O Vitória de Guimarães é, de longe, a equipa que mais marcou de pénalti na presente edição da liga portuguesa. De resto, a equipa treinada por Rui Vitória soma 35 golos marcados, dos quais nove foram de pénalti (praticamente um quarto dos golos). Bernard iniciou a época como marcador dos castigos máximos mas depois de falhar um na visita ao Marítimo passou a ser André André a assumir essa responsabilidade e com excelentes resultados. Desperdiçou um na receção ao Belenenses, mas manteve a confiança do técnico e voltou a marcar na última jornada em Paços de Ferreira. A dependência dos vimaranenses dos castigos máximos é evidente e nos últimos seis jogos beneficiaram de cinco pénaltis e, mesmo assim, estão há cinco partidas sem ganhar.
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Thursday, February 19, 2015

Dupla Bonito & Feio bem lançada para regressar aos Nacionais

Um é Feio, o outro Bonito. Um é avançado, o outro defesa. Têm nomes antagónicos e ocupam posições bem diferentes dentro do campo mas estas duas referências do Vasco da Gama da Vidigueira parece que não sabem viver um sem o outro. Esta não é a primeira vez que este espaço dá protagonismo a esta dupla. A primeira vez foi em outubro de 2012 e desde aí muita coisa mudou. Zé Feio entretanto representou outros clubes alentejanos - Aljustrelense e Sporting de Viana -, regressando esta época ao clube que lidera isolado o Distrital de Beja. Já Diogo Bonito manteve-se fiel ao clube da terra de onde é natural e até já ostenta o estatuto de capitão. Para além do bom futebol que pratica, o CF Vasco da Gama é conhecido por juntar uma verdadeira "parada" de atletas com nomes singulares. Ao Feio e ao Bonito juntam-se, por exemplo, o Ivan Ferro, o Nelson Prego, o Ruben Borracha ou o Pedro Calhau.

Foto: Facebook do CF Vasco da Gama

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Thursday, February 12, 2015

Os maiores “flops” da última década em Portugal

Muitos têm sido os casos de futebolistas que chegam a Portugal rotulados de craques ou de grandes promessas que nunca chegam a mostrar os atributos que levaram às suas contratações. Muitos deles contratados por verbas bem avultadas, das quais os clubes nunca obtiveram o respectivo e desejado retorno. Decidi elaborar uma lista (por ordem cronológica) daqueles que considero os maiores 15 “flops” contratados pelos três grandes do futebol nacional durante a última década.

Diego Souza chegou ao Benfica em 2006/2007, após ter dado nas vistas no Brasileirão ao serviço do Fluminense. O médio brasileiro parece ser um daqueles casos de atletas que não se dão bem a jogar fora da sua pátria. Nunca se conseguiu impor no clube “encarnado” e mais recentemente não teve melhor sorte nos ucranianos do Metalist Kharkiv . Não obstante este facto já representou alguns dos melhores clubes brasileiros como Fluminense, Flamengo, Grêmio de Porto Alegre, Palmeiras, Vasco da Gama ou Cruzeiro. Aos 29 anos está no Sport Recife, por empréstimo do Metalist Kharkiv.

Um ano depois, foi a vez de chegar Kikin Fonseca, avançado mexicano que tinha marcado a Portugal no Mundial da Alemanha. Não durou mais que seis meses a “aventura” do ponta-de- lança que só marcou um golo em jogos do campeonato pelo Benfica. Muito pouco para quem custou dois milhões de euros. Não teve outra experiência europeia e o último clube onde jogou foi o Santos de Guapilés, da Costa Rica.

Nesta lista de craques que poderiam ter tido carreiras brilhantes o senhor que se segue é Freddy Adu, que chegou ao Benfica na temporada 2007/08 pelo preço de 1,4 milhões. Rotulado de grande esperança do futebol mundial, o jovem norte-americano, nascido no Gana, tornou-se aos 14 anos no mais novo profissional a actuar num clube da Major League Soccer norte-americana e chegou a ser apelidado de “novo Pelé”. Participou em três Campeonatos do Mundo sub-20 e em janeiro de 2006 tornou-se o mais novo internacional de sempre (16 anos e 234 dias) da equipa nacional norte-americana. Ainda dispôs de bastantes oportunidades no clube encarnado e marcou vários golos. Prestações que não chegaram para convencer, tendo sido posteriormente emprestado a Mónaco, Belenenses e Aris de Salonica. Quebrada a ligação contratual com o Benfica, a “aura” de “eterna promessa” desapareceu e tem acumulado diversas experiências mal sucedidas. Apenas com 25 anos está sem clube após ter passado pelos sérvios do FK Jagodina.

Uma época depois chegou Javier Balboa, que ainda continua a jogar em Portugal, mas nunca justificou os quatro milhões que o Benfica pagou ao Real Madrid para o contratar. Depois de sucessivos empréstimos a clubes secundários de Espanha foi parar ao Beira-Mar. Aos 29 anos, o extremo internacional pela Guiné-Equatorial representa o Estoril.
Um dos piores negócios da história do Sporting foi feito na temporada 2009/2010 quando o clube leonino pagou 6,5 milhões de euros ao Atlético de Madrid por Florent Sinama-Pongolle, avançado francês que, em tempos, chegou a ser apontado como uma das promessas do Liverpool. Marcou apenas um golo em Alvalade, de onde saiu a custo xero, e tem acumulado experiências frustrantes. Assinou há pouco tempo pelos suíços do Lausanne, da IIª Divisão helvética.

No mesmo ano, mas para o outro lado da segunda Circular, chegou Keirrison, emprestado pelo Barcelona que pagou 15 milhões de euros por ele ao Palmeiras. Não deixou saudades na Luz e menos ainda em Camp Nou, onde nunca chegou a jogar. Aos 26 anos, está no Coritiba, onde se deu a conhecer, mas longe do fulgor outrora demonstrado.

Uma época mais tarde chegou o argentino Marco Torsiglieri, por quem o Sporting pagou 3,4 milhões aos leões ao Veléz Sarsfield, num montante bastante levado para um central. O argentino não conseguiu convencer em Alvalade e acabou por ser emprestado e posteriormente vendido (abaixo do preço de custo) ao Metalist Kharkiv. Aos 27 anos, está emprestado ao Boca Juniors.

O FC Porto é o clube que nos últimos anos menos razões de queixa tem em relação a “flops”, com excepção de Ádrian López que apenas esta época chegou ao “Dragão”. Juan Manuel Iturbe, contratado na época 2011/12, rotulado de “novo Messi”, será o caso mais flagrante de um atleta que não confirmou todas as qualidades que lhe eram apontadas. Não se pode dizer que o clube perdeu dinheiro com o talentoso argentino mas , de certo, que os responsáveis portistas esperariam muito mais do extremo que hoje, aos 21 anos, representa a AS Roma, após ter dado nas vistas no Hellas Verona.
Em 2011/2012, o Sporting cometeu mais uma loucura, para grande contentamento do Atlético de Madrid, ao pagar 8,85 milhões de euros por Elias. O internacional brasileiro começou por se assumir como peça importante do meio-campo leonino mas com o passar do tempo foi perdendo protagonismo e transformou-se num elemento dispensável e conflituoso. Após um demorado “braço-de-ferro”, acabou transferido para o Corinthians, por quatro milhões de euros.

Na mesma época, e também vindo de Espanha chegou Jeffrén Suárez. O Sporting pagou ao Barcelona pelo talentoso e promissor extremo 3,750 milhões de euros. Contudo, o jogador, afectado por inúmeras lesões, nunca confirmou as elevadas expectativas e acabou por sair a custo zero, assinando pelo Valladolid. Ainda na mesma época, chegou a Alvalade outro “craque” que não deixou saudades. Valeri Bojinov, que custou 2,6 milhões de euros, marcou apenas dois golos na Liga, e, após ser emprestado a Lecce, Hellas Verona e Vicenza, acabou por ver o clube rescindir, alegando abandono do trabalho. Aos 28 anos, está no Ternana, da serie B italiana.

Na mesma época, chegou ao Benfica um campeão europeu e mundial que toda a gente pensava que iria ser titular indiscutível. Toda a gente menos Jorge Jesus que nunca “foi à bola” com Capdevilla. Vindo do Villareal, o lateral esquerdo foi relegado para suplente de Emerson e no final da temporada acabou por sair para o Espanhol de Barcelona. Aos 37 anos, assinou recentemento pelos belgas do Lierse, após uma breve passagem pelo futebol indiano.

Em 2012/2013 chegou a Alvalade Khalid Boulahrouz, que trazia no currículo uma passagem pelo Chelsea e o facto de ser internacional pela Holanda. Foi titular na maior parte da época mas o seu desempenho nunca convenceu. O Sporting e o futebolista holandês chegaram assim a acordo para a rescisão de contrato, acabando o defesa-central por abandonar Alvalade apenas um ano depois de ter assinado pelo clube português. Hoje com 33 anos, joga no Feyenoord.

Na época transacta foi a vez de Miralem Sulejmani chegar ao Benfica. Rotulado de craque, o extremo sérvio veio a custo zero do Ajax que quatro anos antes pagou 16 milhões pelo seu passe ao Heerenveen. Aos 26 anos, e assolado por algumas lesões, o esquerdino tarda em mostrar todo o potencial que já lhe foi encontrado.

Um caso semelhante é o do seu compatriota Filip Djuricic, médio que custou seis milhões de euros que chegou na mesma altura. Foi pouco utilizado, raramente titular, e na primeira metade da presente época foi emprestado aos alemães do Mainz onde também não se impôs. Agora, foi emprestado ao Southampton até ao final da temporada, onde se espera que possa voltar a mostrar todo o seu talento, ajudado por Ronald Koeman, que o conhece bem da Holanda.

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Tuesday, February 10, 2015

Tsubasa de pólvora seca

Qual o adepto de futebol nascido nas décadas de 80 ou de 90 que nunca ouviu falar de Tsubasa e do seu remate praticamente indefensável? Muito poucos certamente. Tsubasa era a personagem principal de uma série japonesa de desenhos animados, conhecidos em Portugal como "Campeões: Oliver e Benji", que captaram a atenção de milhões de fãs espalhados um pouco pelo mundo inteiro. A história contava a ascensão no mundo do futebol do prodígio Oliver Tsubasa e da sua luta para fazer do Japão a melhor equipa do Mundo. "Campeões: Oliver e Benji" surgiu pela primeira vez em 1981 em versão manga (uma espécie de banda desenhada) e o seu sucesso foi tanto que rapidamente ganhou um lugar na televisão. O seu criador, Yoichi Takahashi decidiu desenhá-la após ter visto o Mundial de 1978 que o fez apaixonar-se pelo futebol. A versão televisiva foi vendida para mais de 100 países, incluindo a maioria da Ásia e o manga é lido nos países que lideram o futebol na Europa. A série influenciou o desporto no Japão e, por causa de Tsubasa, o futebol passou a ser mais popular nas escolas do que o basebol, nos anos 1980.
Por isso não é de estranhar que alguns pais mais fanáticos pela série tenham dado o nome de Tsubasa aos seus filhos, na esperança de, um dia, os verem a seguir as pisadas do “verdadeiro” Tsubasa. Contudo, até hoje, ainda está para nascer algum Tsubasa capaz de se aproximar minimamente do estatuto que o desenho animado granjeou. Tsubasa Yokotake será, de entre os diversos Tsubasas futebolistas, aquele que mais sucesso tem tido, apesar de actualmente representar um clube da terceira divisão nipónica. Natural de Hiroshima, este Tsubasa foi formado no principal clube da cidade, o Sanfrecce Hiroshima, campeão japonês em 2012 e 2013. Não se conseguiu impor no clube e acabou por ser emprestado ao secundário Gainare Tottorii. Anda assim, chegou a jogar na Liga dos Campeões Asiáticos (como se pode ver nas fotos que ilustram este post). Aos 24 anos, ainda aspirará a mais altos voos, mas certamente que nunca chegará perto do patamar que o seu homónimo e ídolo de infância atingiu.

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Monday, February 02, 2015

Adrián López eleito “rei dos flops”!

Comprado pelo FC Porto ao Atlético de Madrid por 11 milhões de euros (e apenas 60 por cento), Adrián López foi, sem surpresa, eleito o maior flop dos reforços que chegaram esta época ao campeonato português. O avançado espanhol chegou a Portugal rotulado de craque, e com o peso acrescido de ser a contratação mais cara do clube portista na presente época, e ainda não conseguiu mostrar os dotes de goleador que vinha mostrando no campeão espanhol. Actualmente lesionado, o avançado de 27 anos ainda só marcou um golo em jogos oficiais pelo FC Porto e raramente mereceu a preferência do compatriota Julen Lopetegui para assumir a titularidade.

Adrián López foi o escolhido de 79 dos 113 leitores que participaram na votação. Em segundo lugar ficou o sportinguista Simeon Slavchev, com 11 votos, e o benfiquista Bryan Cristante (10). Fora do “top 3” ficaram o alemão Lukas Raeder (7), do Vitória de Setúbal, a “arma secreta” leonina Junya Tanaka e o lateral benfiquista Loris Benito, ambos com três. Entretanto, está aberta nova votação sobre o melhor reforço de inverno. Votem!

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