No futebol não são raros os casos de irmãos que jogam em clubes diferentes. O mesmo não sucede quando se fala de seleções. À partida, quem partilha o mesmo sangue deveria defender o mesmo país, mas nem sempre assim sucede. Os "manos" Boateng, Pobga, Matic e Alcântara são disso um bom exemplo.
O caso mais mediático é o dos irmãos Boateng. Jérôme, defesa do Bayern de Munique, joga pela Alemanha, enquanto que Kevin-Prince, médio do Schalke 04, pelo Gana. Filhos de pai ganês e de mães alemãs, os dois meio-irmãos nasceram ambos na Alemanha, nos arredores de Berlim e poderiam representar o mesmo país, tanto que Kevin representou as seleções jovens germânicas até aos sub-21. Contudo, em 2010, nunca tendo sido chamado para defender a "Mannschaft", o médio ofensivo de 28 anos acabou por aceitar o convite do país do seu pai para representar o Gana no Mundial da África do Sul. Curiosamente, o sorteio ditou que Gana e Alemanha ficassem no mesmo grupo, daí que os Boateng tenham protagonizado o primeiro caso de dois irmãos a defrontarem-se num Campeonato do Mundo. Na altura, levou a melhor o mano mais novo, hoje com 26 anos, que venceu por 1-0. O destino é mesmo tramado e em 2014 os dois irmãos voltaram a calhar no mesmo grupo. Dessa vez, registou-se um empate a duas bolas.
O segundo caso aqui apresentado é o de dois irmãos que já jogaram em Portugal. Um com muito mais sucesso do que o outro. Nemanja Matic destacou-se pelo Benfica e é hoje uma das principais figuras do Chelsea de José Mourinho. O possante trinco esquerdino, de 26 anos, é internacional pela Sérvia e ainda recentemente marcou um grande golo a Portugal num jogo de qualificação para o Euro 2016. Já o seu irmão mais novo, Uros, teve uma passagem muito mais efémera pelo futebol nacional. Não passou do Benfica B e atualmente representa os holandeses do NAC Breda. Apesar de já ter jogado pelos sub-19 da Sérvia, país onde nasceu, o médio ofensivo de 24 anos já declarou o seu amor à Macedónia, terra-natal da sua avó paterna. Ainda não se estreou, mas já integrou a última convocatória.
Os três Pogba são outro caso de irmãos que defendem países diferentes. O mais conhecido é, indiscutivelmente, o mais novo dos três. Paul Pogba é, aos 22 anos, um dos médios mais disputados da atualidade. É titular indiscutível da Juventus e da seleção francesa. Nascido em França, representou as seleções jovens gaulesas e não foi devidamente valorizado no Manchester United. Menos conhecidos são os seus dois irmãos. Os gémeos Florentin e Mathias, nascidos na Guiné Conakri há 24 anos. Florentin é defesa central do Saint-Étienne e internacional pelo país onde nasceu, apesar de ter crescido em França. O mesmo se passa com Mathias, ponta-de-lança que representa atualmente o Crawley Town, do terceiro escalão inglês, após ter começado a época nos italianos do Pescara.
O brasileiro Mazinho foi campeão do mundo em 1994 e nessa altura estaria longe de imaginar que um dia poderia ver dois filhos a jogar por países diferentes. É o que mais tarde ou mais cedo deverá acontecer. Thiago Alcântara, de 23 anos, até nasceu em Itália, na altura em que o pai jogou no país, mas foi em Espanha que cresceu e desde muito novo representou o Barcelona, até há duas épocas se transferir para o Bayern de Munique. Um ano mais novo, Rafinha também foi formado no Barcelona, onde vem sendo utilizado regularmente por Luis Enrique, técnico que trabalhou consigo no Celta de Vigo na época anterior, onde esteve emprestado. Apesar de ter dupla nacionalidade já afirmou que optou pelo Brasil e, depois de já ter representado os dois países nas seleções jovens, anseia por uma chamada de Dunga para representar a equipa principal canarinha.
Artigo colocado originalmente aqui
Adiram ao blog no facebook em
Showing posts with label Nemanja Matic. Show all posts
Showing posts with label Nemanja Matic. Show all posts
Tuesday, April 07, 2015
Friday, March 27, 2015
Se Portugal defrontasse a Jugoslávia em vez da Sérvia seria assim
Samir Handanovic, Branislav Ivanovic, Vedran Corluka, Nemanja Matic, Darijo Srna, Ivan Rakitic, Miralem Pjanic, Luka Modric, Mario Mandzukic, Edin Dzeko e Stevan Jovetic. Este seria provavelmente o onze que Portugal defrontaria no próximo domingo, caso a "guerra dos Balcãs" não tivesse existido na década de 90 do século passado e a Jugoslávia não tivesse sido desintegrada.
Apelidada de "Brasil da Europa", devido ao virtuosismo e técnica dos seus atletas, a Jugoslávia sagrou-se campeã mundial de sub-20 em 1987. Treinada por Mirko Jozic, antigo técnico do Sporting, essa seleção tinha como grande estrela Robert Prosinecki, considerado "bola de ouro" da competição, mas incluía outros craques como Davor Suker, segundo melhor marcador da prova, Predrag Mijatovic, Zvonimir Boban ou Robert Jarni, que passaram por grandes clubes europeus. Mais velhos e que representaram a Jugoslávia no Itália 90, Dragan Stojkovic, Srecko Katanec, Alen Boksic e Dejan Savicevic davam ainda mais classe a esta seleção.
Em 1991, o Estrela Vermelha de Belgrado ganhou a Taça dos Campeões Europeus com uma formação composta maioritariamente por jogadores jugoslavos, numa demonstração clara da "força" futebolística daquela zona. Contudo, a "guerra dos Balcãs" não demorou muito a rebentar e, razões políticas à parte, foi uma pena que esta equipa fortíssima tivesse sido desmembrada, dando origem a seis novas repúblicas: Eslovénia, Sérvia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro e Macedónia.
Este era um cenário hipotético que, à partida, colocaria muito maiores dificuldades à seleção nacional portuguesa comandada por Cristiano Ronaldo que sabe que, em caso de vitória no próximo domingo, ficará com o caminho livre para assegurar a presença no Europeu de 2016. Já a formação balcânica vai surgir no Estádio da Luz a fazer tudo para tentar garantir um triunfo que lhes possa manter acesa a esperança de se conseguirem intrometer na luta pelo apuramento. Uma tarefa que parece muito complicada após a derrota aplicada na secretaria após os tumultos verificados na receção à Albânia e um desaire caseiro com a Dinamarca. Matic e Ivanovic são por hoje as principais referências da Sérvia, cuja convocatória inclui, para além do trinco do Chelsea, outros três atletas que já alinharam em Portugal. São eles: o guarda-redes Vladimir Stojkovic, atualmente nos israelitas do Maccabi Haifa e que teve uma passagem conturbada pelo Sporting; o extremo Lazar Markovic, hoje no Liverpool após ter deixado o Benfica no final da época passada; e Filip Djuricic, que evolui no Southampton FC, emprestado pelos "encarnados".
Artigo colocado originalmente aqui
Adiram ao blog no facebook em
Este era um cenário hipotético que, à partida, colocaria muito maiores dificuldades à seleção nacional portuguesa comandada por Cristiano Ronaldo que sabe que, em caso de vitória no próximo domingo, ficará com o caminho livre para assegurar a presença no Europeu de 2016. Já a formação balcânica vai surgir no Estádio da Luz a fazer tudo para tentar garantir um triunfo que lhes possa manter acesa a esperança de se conseguirem intrometer na luta pelo apuramento. Uma tarefa que parece muito complicada após a derrota aplicada na secretaria após os tumultos verificados na receção à Albânia e um desaire caseiro com a Dinamarca. Matic e Ivanovic são por hoje as principais referências da Sérvia, cuja convocatória inclui, para além do trinco do Chelsea, outros três atletas que já alinharam em Portugal. São eles: o guarda-redes Vladimir Stojkovic, atualmente nos israelitas do Maccabi Haifa e que teve uma passagem conturbada pelo Sporting; o extremo Lazar Markovic, hoje no Liverpool após ter deixado o Benfica no final da época passada; e Filip Djuricic, que evolui no Southampton FC, emprestado pelos "encarnados".
Artigo colocado originalmente aqui
Adiram ao blog no facebook em
Etiquetas:
Branislav Ivanovic
,
Croácia
,
Edin Dzeko
,
Eslovénia
,
Ivan Rakitic
,
Jugoslávia
,
Luka Modric
,
Macedónia
,
Mario Mandzukic
,
Miralem Pjanic
,
Montenegro
,
Nemanja Matic
,
Sérvia
,
Stevan Jovetic
Monday, June 17, 2013
Sport Sérvia e Benficic
Caso Nemanja Matic não seja transferido neste defeso, o Benfica deverá ter na época 2013/2014, pelo menos, sete jogadores oriundos da Sérvia, repartidos entre as equipas principal e “B”.
Ao “gigante” do meio-campo juntam-se: o seu irmão mais velho, Uros (ex-Kosice), os também irmãos Lazar e Filip Markovic (ambos ex-Partizan de Belgrado, embora a contratação do segundo ainda não tenha sido oficializada), o médio ofensivo Filip Djuricic (ex-Heerenveen), o extremo Miralem Sulejmani (ex-Ajax) e ainda o central Stefan Mitrovic (ex-Kortrijk). Ficam as dúvidas se esta nova aposta do clube da Luz ficará por aqui e se este autêntico “clã dos Balcãs” irá criar bom ambiente na Luz.
Curioso é verificar que, até à contratação de Matic, o Benfica teve apenas, entre 1981 e 2008, 10 ex-jugoslavos nas suas fileiras, sendo que alguns deles se revelaram autênticos “flops”. Foram os casos de Simanic, Mario Stanic (depois estrela no Parma, Chelsea e selecção croata), Ivan Dudic, Delibasic e Sretenovic.
Adiram ao blog no facebook em
Ao “gigante” do meio-campo juntam-se: o seu irmão mais velho, Uros (ex-Kosice), os também irmãos Lazar e Filip Markovic (ambos ex-Partizan de Belgrado, embora a contratação do segundo ainda não tenha sido oficializada), o médio ofensivo Filip Djuricic (ex-Heerenveen), o extremo Miralem Sulejmani (ex-Ajax) e ainda o central Stefan Mitrovic (ex-Kortrijk). Ficam as dúvidas se esta nova aposta do clube da Luz ficará por aqui e se este autêntico “clã dos Balcãs” irá criar bom ambiente na Luz.
Curioso é verificar que, até à contratação de Matic, o Benfica teve apenas, entre 1981 e 2008, 10 ex-jugoslavos nas suas fileiras, sendo que alguns deles se revelaram autênticos “flops”. Foram os casos de Simanic, Mario Stanic (depois estrela no Parma, Chelsea e selecção croata), Ivan Dudic, Delibasic e Sretenovic.
Adiram ao blog no facebook em
Etiquetas:
Delibasic
,
Filip Djuricic
,
Lazar Markovic
,
Mario Stanic Ivan Dudic
,
Miralem Sulejmani
,
Nemanja Matic
,
Simanic
,
Sretenovic
,
Stefan Mitrovic
,
Uros Matic
Subscribe to:
Posts
(
Atom
)