Depois da conquista de seis campeonatos, três Champions, quatro Supertaças, uma Supertaça europeia, duas taças intercontinentais e de ter apontado 312 golos durante os 18 anos que passou no Real Madrid, Raúl González despediu-se ontem do seu clube de sempre. Segue-se agora um contrato de dois anos nos alemães do Schalke 04, clube que irá disputar a Liga dos Campeões e onde o avançado espanhol ainda poderá ser muito útil. Ligado a este “divórcio”, bem como ao de Guti que estava no clube há 24 (?!) anos fica José Mourinho.
No caso do antigo capitão houve quem o acusasse de provocar mau ambiente no balneário, mas custa a acreditar, tanto mais que era um jogador querido por toda a massa associativa que o vai continuar a admirar. Já outros antigos capitães de grandes clubes, cujo prestígio é irrelevante quando comparado com o do avançado espanhol, optam por sair dos seus clubes pela “porta pequena” a todo o custo, não se preocupando, nem valorizando o que pensam os “seus” antigos adeptos. É a diferença entre os grandes jogadores e os aspirantes a esse desígnio.
Quem se lembra agora de Raúl? O quase septuagenário Luís Aragonés foi alvo das críticas mais ferozes quando cometeu a ousadia de deixar o eterno capitão do Real Madrid de fora do lote dos 23 candidatos para o Euro 2008. O tempo acabou por dar razão ao veterano treinador a caminho da sua primeira “aventura” fora do seu país natal. Ao bater a Alemanha por um magro 1-0 com um golo que revela toda a garra e faro pelo golo de Fernando Torres, a Espanha sagrou-se campeã europeia. É a vitória justa da equipa que se mostrou mais regular, coesa e bem organizada ao longo da competição. Em destaque, na caminhada rumo ao título, estiveram Iker Casillas, Sérgio Ramos, Puyol, Marchena, Senna, Iniesta, Xavi, Silva, Villa e Torres, só para falar em alguns. Na final, apesar da Alemanha ter surpreendido ao mandar no jogo durante o primeiro quarto-de-hora rapidamente o meio-campo espanhol começou a ditar leis para desespero dos frios alemães que abusaram das entradas duras. Esta conquista vem pôr um ponto final no “fantasma” que afectava “nuestros hermanos”, pelo menos, desde o Mundial de 1994: Chegar a uma grande competição como favorita e desiludir sempre, saindo de prova sempre muito cedo. Caso ainda não tenham visto o golo de Torres, podem vê-lo no vídeo que está em baixo.
Entretanto, terminou a votação sobre a campanha de Portugal no Euro, tendo contado com a participação de 35 leitores. Dez acreditaram que a selecção lusa seria campeã europeia, enquanto seis julgavam que chegaria, pelo menos, à final. Três escolheram a opção meias-finais e 12 acertaram em cheio ao escolher os quartos-de-final. Por último, quatro foram os mais pessimistas ao votar na fase de grupos. Está aberta nova votação sobre quem foi, na vossa opinião, o melhor jogador do Euro 2008. As opções são muitas e todas bastante válidas. Votem!