Friday, August 24, 2007

Kalusha Bwalya, o melhor jogador zambiano de sempre


Kalusha Bwalya, nascido em 1963, é um dos grandes jogadores africanos que espalhou magia pelos relvados europeus. Tal como Madjer, Abedi Pelé e muitos outros, a sua excelente técnica fazia delirar os adeptos. É o futebolista mais internacional e o melhor marcador de sempre da sua selecção – 100 jogos e 50 golos -, da qual chegou a ser treinador-jogador. Foi nomeado futebolista africano do ano em 1988 pela consagrada France Football e em 1996 foi um dos nomeado pela FIFA como candidato ao galardão de melhor jogador do ano, tendo sido votado como o 14º melhor. No seu país, representou os dois clubes da cidade onde nasceu: Mufulira Blackpool (1979/1980), onde no jogo de estreia com apenas 16 golos começou logo a “facturar”, e Mufulira Wanderers (1980/1985), o clube mais conhecido da Zâmbia. As suas exibições não passaram despercebidas aos olheiros europeus, ganhando o passaporte para os belgas do Cercle Brugge, que representou de 1985 a 1988. Época em que foi contratado pelo PSV Eindhoven, onde brilhou durante seis anos. Foi depois para o México, para o Club América (1994/1997), seguindo-se o Necaxa (1997). Após uma experiência na Arábia, pelo Al Wahda (1998), regressou ao México. Jogou então no Club Léon (1998), Club Irapuato (1999), Veracruz (1999) e SD Correcaminos (2000). Kalusha Bwalya foi a maior estrela do seu país nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988, quando apontou um “hat-trick” contra a Itália. Estreou-se pela sua selecção em 1983 contra o Uganda e participou em seis edições da Taça Africana. Em 1993, foi salvo pela “estrelinha da sorte” ao não apanhar o avião que se viria a incendiar, num desastre em que morreriam quase todos os atletas desta selecção que foi das mais promissoras de sempre no seu país. Mesmo assim, no ano seguinte capitaneou a Zâmbia no excelente segundo lugar na Taça Africana, a que se seguiu o terceiro lugar em 1996, quando Kalusha se sagrou melhor marcador da competição. Nos jogos de qualificação para o Mundial de 2006, foi treinador-jogador da sua selecção e, apesar dos seus 41 anos, numa partida contra a Libéria saiu do banco para marcar um livre directo na perfeição, um golo que não chegou para assegurar a qualificação. Um fracasso que a juntar à eliminação logo na primeira fase da Taça Africana de 2006 fez com que abandonasse o cargo de seleccionador. Actualmente, integra o Grupo de Estudo Técnico da FIFA e é um dos embaixadores do Mundial de 2010 a realizar na África do Sul. É ainda vice-presidente da Federação Zambiana de Futebol. No seu país, é conhecido como “King Kalu”. Aqui fica o vídeo dessa partida em 1988 quando a Zâmbia destroçou a Itália de Ciro Ferrara e Tassoti, entre outros.

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