Amorebieta, a excepção

Fernando Amorebieta nasceu em Cantaura, na Venezuela, há 27 anos e é o único jogador do atual plantel do Athletic Bilbao, que hoje defronta o Sporting nas meias-finais da Liga Europa, que nasceu noutro país. De resto, esse é um estatuto que partilha com outras raras excepções em toda a história do clube centenário, sendo a mais mediática o francês Bixente Lizarazu. Amorebieta é inclusivamente internacional venezuelano mas é filho de pais bascos e fez toda a sua formação desportiva em Lezama (escola do clube), tendo ainda representado por quatro vezes a selecção espanhola de sub-19. No final do ano passado, mais precisamente a 17 de dezembro, entrou para a história do clube ao ser o primeiro estrangeiro (apesar da origem basca) a envergar a braçadeira de capitão. O possante central (1,95 cm e 85 kg) é peça fundamental no onze de Marcelo Bielsa.

A excentricidade continua bem viva em Prosinecki

Há coisas que não mudam por muito que os anos passem e Robert Prosinecki é um bom exemplo disso. O croata de 43 anos é o actual treinador do Estrela Vermelha de Belgrado e não se conteve quando a sua equipa marcou o primeiro golo em casa do rival Partizan em jogo das meias-finais da Taça da Sérvia. Melhor que quaisquer palavras, o melhor mesmo é verem o vídeo abaixo.

Esta “lenda vida” do futebol dos balcãs sempre foi conhecida pela sua inegável técnica, forte remate, excelentes assistências e pela forma “imaginativa” de comemorar os golos e parece que assim continua... Enquanto jogador, Robert Prosinecki foi o melhor jogador do Mundial de sub-20 de 1987, foi campeão europeu em 1991 pelo Estrela Vermelha, representou os dois “monstros” do futebol espanhol, Real Madrid e Barcelona, sendo ainda dos poucos a ter disputado e marcado em Campeonatos do Mundo por duas selecções diferentes, Jugoslávia e Croácia. Representou ainda outros clubes como Dínamo Zagreb, Oviedo, Bochum, Sevilha ou Portsmouth.

Sabry e a memória curta

Desde segunda-feira à noite, após o justíssimo triunfo do Sporting sobre o Benfica, que tenho assistido às mais diversas manifestações de desagrado da generalidade dos adeptos encarnados por causa dos festejos de jogadores e simpatizantes leoninos. “Até parece que ganharam o campeonato” ou “parabéns pelo quarto lugar” têm sido apenas algumas das “bocas”... Ora para as “virgens ofendidas” que tanto ficaram sentidas, relembro apenas o que se passou na penúltima jornada do campeonato de 1999/2000 em que o Sporting recebeu o seu grande rival e, em caso de vitória, teria logo festejado o título. Deste modo, o Benfica encheu-se de motivação para estragar a festa oposta e conseguiu-o com um golo do egipcío Abdel Sattar Sabry ao minuto 88 que motivou uma explosão de alegria nas hostes encarnadas (minuto 4 do vídeo). Nada que surpreendesse... Ora, passados quase 12 anos, porque razão o Sporting não haveria de ter festejado o triunfo sobre o Benfica? É algum crime? A diferença poderá ser “só” uma... Em 2000, a festa foi adiada uma semana, enquanto que na presente temporada, o Benfica terá de ter a “ajuda” de FC Porto para chegar ao título.

O “luvas brancas”

O antigo internacional português João Alves ficou conhecido como o “luvas pretas” por usar sempre este adereço como sinal de homenagem ao seu avô, Carlos Alves. Já o “jogador” angolano que surge na foto, participou recentemente no XXXI Mundialito - World Airlines Football Cup que decorreu na Covilhã, imita a antiga glória benfiquista mas inova na cor: o branco.... A iniciativa destinou-se a profissionais de companhias aéreas oriundas de diversos países.

Foto: Filipe Pinto/Foto Académica

“El comandante” considerado o melhor reforço de inverno

Lucho González foi considerado de forma incontestada o melhor reforço de inverno do campeonato português, tendo sido escolhido por 58 dos 121 leitores que participaram na última votação. Apesar de já ter 31 anos, o argentino, que regressou ao FC Porto, rapidamente demonstrou que ainda continua a ser uma peça preponderante na dinâmica da formação treinada por Vítor Pereira. Na segunda posição ficou o central brasileiro Xandão (22 votos), que tem sido titular indiscutível no Sporting, seguindo-se o austríaco Marc Janko, com 10. Logo depois surgem Danilo (9), Yannick Djaló (8) e César Peixoto e Ruben Amorim, ambos com 7. Entretanto, está aberta nova votação sobre qual a maior revelação da época em Portugal. Esclareço que excluí atletas dos chamados “grandes” e optei por jogadores que, independentemente da sua idade, nunca tinham jogado na SuperLiga. Votem!