Thursday, September 25, 2014

O “outro” CR7

Cristiano Ronaldo só há um, mas há um avançado brasileiro acostumado a fazer furor nas divisões secundárias do país com a sigla “CR7”. Flávio Caça-Rato representa atualmente o Santa Cruz, que milita na série B, e não vive o melhor dos momentos no clube, tendo sido agredido por alguns adeptos recentemente após uma troca de palavras mais quentes. Adeptos que certamente já esqueceram que o excêntrico atleta marcou o golo decisivo que garantiu a promoção da série C para a série B.

Formado no Sport Recife, onde chegou a conquistar uma Copa do Brasil no início da carreira, o ponta-de-lança de 28 anos está no Santa Cruz há quatro épocas e antes representou clubes de menor dimensão como o Cabense, Timbaúba, América-RN, SEV Hortolândia e Salgueiro. Pelo meio, na época 2008/2009, viveu a sua única e remota experiência no futebol europeu ao serviço dos desconhecidos croatas do NK Omis. Flávio Caça-Rato aprecia bastante as mudanças de visual e é conhecido pelo seu cabelo oxigenado com corte “à moicano”.

Atualmente já não enverga a camisola 7, curiosamente devido à fama que esta lhe granjeou, mas continua a ser apelidado de CR7 pelos adeptos do Santa Cruz. Em março deste ano, no jogo com o Náutico, causou estranheza o facto de Caça-Rato não surgir com o número 7 mas sim com a 21. A explicação só foi dada no final do encontro. De acordo com a assessoria de imprensa do Santa Cruz, o clube ficou sem a camisola 7 para esse jogo simplesmente pelo fato de o próprio avançado distribuir muito o seu uniforme como presente pelos adeptos e pelos jogadores de clubes rivais... Será esta a melhor estratégia de marketing?...

Hoje em dia, sem fazer parte das primeiras escolhas do técnico do Santa Cruz, o avançado não enjeita a possibilidade de mudar de clube e vai-se aventurando no “mundo da música” com a participação em vários video-clips. De resto, o jogador é bastante popular e chegou a ver-lhe dedicado um samba a pedir a sua convocatória para o Mundial. Em tempos, numa entrevista, Flávio Augusto do Nascimento explicou de onde vem a sua curiosa alcunha: «Quando eu era pequeno, eu ficava na beira do campo correndo atrás de ratos, e o treinador brigou comigo perguntando se eu queria caçar rato ou jogar bola. Aí pegou e ficou até hoje», explicou.
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Wednesday, September 17, 2014

Craques não europeus que começaram “por baixo”

Oriundos de África ou da América do Sul algumas das “super-estrelas” que hoje pontificam em algumas das equipas mais poderosas da Europa começaram em clubes modestos quando chegaram ao “velho continente”. São exemplos de que o trabalho compensa e, com um pouco de sorte à mistura, o talento acaba por ser reconhecido. Pelo contrário, há casos de jogadores da América do Sul ou de África que são contratados por grandes clubes europeus, mas que nunca se conseguem afirmar e acabam por cair em clubes menores ou até das divisões secundárias. Mas este post é mesmo para falar de casos positivos e para isso elaborei um onze formado por atletas de alguns dos principais clubes europeus que começaram em clubes menores:

Na baliza figura o costa-riquenho Keylor Navas que quando, na época 2010/2011, chegou ao Albacete, da IIª Divisão espanhola, estaria longe de imaginar que quatro temporadas depois estaria a ser contratado pelo colosso Real Madrid.

A lateral direita entreguei-a ao argentino Pablo Zabaleta que se estreou na Europa ao serviço do Espanhol de Barcelona e hoje representa o campeão inglês Manchester City.

A zona central da defesa pertence a dois brasileiros, embora um, Pepe, cujo primeiro clube na Europa foi o Marítimo. Seguiu-se o FC Porto até ao “salto” para o Real Madrid. O seu parceiro na zona central da defesa é Dante, do Bayern de Munique, que começou nos franceses do Lille, passou pelos belgas do Charleroi e Standard de Liége, até chegar aos alemães do Borussia Mönchengladbach, num longo percurso antes de se afirmar no gigante germânico.
Para a esquerda elegi o ganês Kwadwo Asamoah, hoje em dia dos mais regulares da Juventus, e que se estreou em clubes europeus nos suíços do Bellinzona.

Igualmente africano, mas da Nigéria, Obi Mikel foi descoberto pelo Chelsea no modesto Lyn, da Noruega.

O percurso do costa-marfinense Yaya Touré, um dos melhores médios do mundo, também é bastante curioso. Iniciou-se na Europa pelos belgas do Beveren, tendo depois representado os ucranianos do Metalurh Donetsk, os gregos do Olympiacos e os franceses do Mónaco até chegar ao Barcelona e depois ao Manchester City.
Já foi há bastante tempo, mas Javier Mascherano, hoje uma das estrelas do Barcelona, estreou-se na Europa pelo West Ham.

O trio atacante personifica na perfeição o espírito deste post. Antes de se destacar ao serviço do Nápoles, a quem o PSG pagou uma “fortuna” na época anterior, o avançado uruguaio Edinson Cavani começou nos italianos do Palermo.

E o primeiro clube de Luis Suárez na Europa? Sabem qual foi? Ajax? Resposta errada. Foi mesmo o Groningen. Fecho com Diego Costa, hoje uma das figuras do Chelsea, mas que chegou a Portugal como um perfeito desconhecido para representar o Penafiel. Muitos outros casos haveria para falar mas optei por dar destaque a estes.
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