Tuesday, February 10, 2015

Tsubasa de pólvora seca

Qual o adepto de futebol nascido nas décadas de 80 ou de 90 que nunca ouviu falar de Tsubasa e do seu remate praticamente indefensável? Muito poucos certamente. Tsubasa era a personagem principal de uma série japonesa de desenhos animados, conhecidos em Portugal como "Campeões: Oliver e Benji", que captaram a atenção de milhões de fãs espalhados um pouco pelo mundo inteiro. A história contava a ascensão no mundo do futebol do prodígio Oliver Tsubasa e da sua luta para fazer do Japão a melhor equipa do Mundo. "Campeões: Oliver e Benji" surgiu pela primeira vez em 1981 em versão manga (uma espécie de banda desenhada) e o seu sucesso foi tanto que rapidamente ganhou um lugar na televisão. O seu criador, Yoichi Takahashi decidiu desenhá-la após ter visto o Mundial de 1978 que o fez apaixonar-se pelo futebol. A versão televisiva foi vendida para mais de 100 países, incluindo a maioria da Ásia e o manga é lido nos países que lideram o futebol na Europa. A série influenciou o desporto no Japão e, por causa de Tsubasa, o futebol passou a ser mais popular nas escolas do que o basebol, nos anos 1980.
Por isso não é de estranhar que alguns pais mais fanáticos pela série tenham dado o nome de Tsubasa aos seus filhos, na esperança de, um dia, os verem a seguir as pisadas do “verdadeiro” Tsubasa. Contudo, até hoje, ainda está para nascer algum Tsubasa capaz de se aproximar minimamente do estatuto que o desenho animado granjeou. Tsubasa Yokotake será, de entre os diversos Tsubasas futebolistas, aquele que mais sucesso tem tido, apesar de actualmente representar um clube da terceira divisão nipónica. Natural de Hiroshima, este Tsubasa foi formado no principal clube da cidade, o Sanfrecce Hiroshima, campeão japonês em 2012 e 2013. Não se conseguiu impor no clube e acabou por ser emprestado ao secundário Gainare Tottorii. Anda assim, chegou a jogar na Liga dos Campeões Asiáticos (como se pode ver nas fotos que ilustram este post). Aos 24 anos, ainda aspirará a mais altos voos, mas certamente que nunca chegará perto do patamar que o seu homónimo e ídolo de infância atingiu.

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