Prodígio sérvio estreia-se na selecção principal aos 17 anos

Prestes a completar 18 anos, Lazar Markovic estreou-se esta terça-feira pela selecção principal da Sérvia, e logo com honras de titular, no triunfo por 2-0 sobre a Arménia. O jovem avançado do Partizan de Belgrado tem pinta de craque, já marcou sete golos esta época, seis para o campeonato e um para a Taça, e já se fala que tem “meia Europa” a tentar contratá-lo apesar dos muitos milhões pedidos pelo campeão e atual líder do campeonato. Chelsea, Liverpool e Inter de Milão serão alguns dos clubes que têm o jovem na mira. Ao olhar para o percurso fulgurante de Markovic, veio-me à memória o seu compatriota Mateja Kezman e as semelhanças do trajeto, já que também despontou no Partizan e, do mesmo modo, se estreou muito cedo pela selecção, passando depois por grandes clubes do futebol europeu. Contudo, aos 32 anos, está nos bielorussos do BATE Borisov, após passagens por PSV, Chelsea, Atlético de Madrid, Fenerbahçe, Paris SG, Zenit e South China... Já o futuro de Lazar Markovic ainda está para ser escrito, mas para já promete e muito.

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As “sete vidas” de Izmailov

Já o quiseram dar como acabado para o futebol, mas Marat Izmailov teima em continuar a querer mostrar que ainda é um grande jogador e ontem marcou um espectacular golo que garantiu o magro triunfo do Sporting sobre o Rio Ave. Apesar das arreliadoras lesões que o apoquentam há bastante tempo, e de o terem afastado de muitas partidas (apenas participou em oito jogos), o “czar” russo marcou ontem o seu quarto golo no presente campeonato, sendo o segundo melhor marcador da equipa em parceria com Oguchi Onyewu. Oxalá que, aos 29 anos, consiga deixar de vez a malapata das lesões para trás e que possa continuar a espalhar a sua inegável classe ininterruptamente.

Duas bolas em campo ou ilusão óptica?

Instante captado no último domingo no jogo entre Desportivo de Gouveia e Soito em jogo da 17ª jornada do Distrital da Guarda.

Sommer anti-bávaros

O Basileia continua a surpreender na Liga dos Campeões e esta noite, a jogar perante o seu público, conquistou um curto mas saboroso triunfo frente ao favorito Bayern de Munique graças a um golo apontado por Valentin Stocker, já na recta final do desafio. Contudo, a grande figura da formação suiça foi o seu guarda-redes Yann Sommer que fez um punhado de defesas espectaculares, provocando o desespero, principalmente a Franck Ribéry e Mario Gómez. Com apenas 23 anos, e a continuar com exibições como a desta noite, o jovem guardião suíço dificilmente continuará muito mais tempo a jogar na pouco competitiva liga do seu país. Sommer foi formado do Basileia, mas já rodou noutros clubes como o Grasshoppers ou o FC Vaduz, do, Liechtenstein.

The “Bandana Man”

Efe Sodje será praticamente um desconhecido para a maioria dos portugueses. Confesso que só fui pesquisar sobre ele quando o vi a separar dois companheiros de equipa que se “embrulharam” recentemente por causa da marcação de um penálti – ao estilo Bojinov-Matias. Chamou-me a atenção pelo “lenço” que usava na sua cabeça e pela sua envergadura. Aos 39 anos, Efetobore Sodje é um defesa internacional nigeriano que representa o Bury Football Club do terceiro escalão inglês (14º classificado da Division One) há quatro épocas e cuja imagem de marca é o lenço que usa na cabeça em todos os jogos com a inscrição “against all odds”, chova ou faça sol, daí ter a alcunha de Bandana Man. Apesar de ser internacional nigeriano, tendo inclusivamente sido chamado para o Mundial de 2002, Efe Sodje nasceu em Inglaterra e fez toda a sua já extensa carreira em clubes dos escalões secundários do país onde o futebol nasceu. Antes de chegar ao Bury, Bandana Man representou Gillingham, Southend Utd, Yeovil Town, Huddersfield, Crewe Alexandra, Colchester, Luton Town, Macclesfield e Stevenage. Com quase 40 anos, Efe Sodje já soma no currículo oito promoções e arrisco-me a dizer que poderia ter sido uma “máquina” de fazer dinheiro caso tivesse chegado a clubes de outra nomeada em Inglaterra, pois os seus lenços teriam tido, de certo, bastante saída.

Um golo para Domingos apreciar

André Santos estreou-se ontem a marcar esta época com um espectacular golo que valeu o empate do Sporting na fria deslocação ao terreno do Legia de Varsóvia. Relegado por Domingos Paciência para um papel mais que secundário, o jovem médio ontem voltou a começar no banco, sendo a terceira opção a ser lançada, mas ainda foi a tempo de arrancar um remate em trivela que não deu quaisquer hipóteses ao guarda-redes da equipa polaca. Espera-se que este golo possa dar-lhe ânimo, confiança e mostre a Ricardo Sá Pinto que pode ser uma opção válida para o que resta da época.

Bojinov eleito “rei dos flops”!

Sem surpresa, Valeri Bojinov foi eleito o maior flop dos reforços que chegaram esta época ao campeonato português. O avançado búlgaro chegou ao Sporting rotulado de craque, e com passagens por Manchester City e Juventus no currículo, mas cedo se percebeu que estava demasiado pesado e lento de movimentos. E se o seu rendimento já era questionável, o cenário ficou ainda pior após o caso do penálti com o Moreirense que terminou com o seu empréstimo ao Lecce. Bojinov foi o escolhido de 34 dos 100 leitores que participaram na votação. Em segundo lugar ficou o portista Alex Sandro, com 20, e o benfiquista Capdevila (19). Fora do “top 3” ficaram os seus companheiros Enzo Pérez (9) e Eduardo (7), seguindo-se Fran Mérida (5), Rodrigo Mora (4) e o guarda-redes Ricardo (2). Entretanto, está aberta nova votação sobre o melhor reforço de inverno. Votem!

Quem não gosta do lado bonito do futebol?

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Aubameyang e a tradição maldita

Pierre-Emerick Aubameyang é a última vítima da maldição que, amiúde, afeta os melhores jogadores na fase final de uma grande competição de selecções. O “Neymar do Gabão”, alcunha que deriva do visual do atleta, foi a principal figura de uma das selecções anfitriãs da CAN, ao marcar três golos nos três jogos da fase de grupos e ser autor de outras tantas assistências, mas na hora da verdade claudicou e falhou o penálti decisivo que permitiu a passagem do Mali para as meias-finais da competição.

O jovem emprestado pelo AC Milan ao Saint-Étienne, ainda sem grande nome no futebol europeu, passa assim a figurar entre alguns craques que falharam grandes penalidades em momentos decisivos depois de terem sido peças importantíssimas nos bons desempenhos das respectivas selecções. Lembro-me particularmente de dois casos, o do italiano Roberto Baggio na final do Mundial de 94 e o do holandês Clarence Seedorf nos quartos-de-final do Euro 96. No clube francês, Aubameyang tem seis golos marcados na Ligue 1, o dobro de um tal de Sinama-Pongolle...

O futuro de Domingos joga-se na Choupana

A época começou muito mal para o Sporting, melhorou muito com uma série consecutiva de uma dezena de triunfos, e desde aí tem sido o descalabro total. No campeonato, caiu para a quarta posição. Está a 13 pontos do Benfica, a 8 do FC Porto, a cinco do Braga e tem apenas três de vantagem sobre o Marítimo. Na Taça da Liga, num grupo com Gil Vicente, Rio Ave e Moreirense conseguiu o “notável” feito de terminar na terceira posição, fruto de dois empates, uma péssima classificação que ganha ainda maior relevo, atendendo ao facto de ter realizado dois jogos perante o seu público. Campeonato “arrumado” e Taça da Liga pelo caminho, resta ao Sporting sonhar com a conquista da Taça de Portugal, mas mesmo essa está muito tremida, pois o empate caseiro com o Nacional “arrancado a ferros” e as últimas exibições da formação leonina levantam muitas dúvidas sobre o futuro na competição. Deste modo, a partida da segunda mão das meias-finais da Taça a realizar esta quarta-feira em casa do Nacional afigura-se como a mais importante da época para a equipa e para o próprio Domingos Paciência. É que já cansa ouvir o técnico desculpar-se ora com as lesões de atletas influentes – são um facto mas o seu trabalho é encontrar alternativas -, ora com erros inadmissíveis dos atletas – são outro facto mas a ele cabe-lhe trabalhar nos treinos para as evitar ao máximo -, ora com erros de arbitragem - são outro facto mas se as oportunidades de golo forem concretizadas reduz-se a possibilidade dessas más decisões terem influência direta no resultado. Quarta, às 20h15, na Choupana, disputa-se muito mais que o acesso à final da Taça de Portugal. Joga-se acima de tudo o futuro de Domingos como treinador do Sporting, pois será difícil continuar a trabalhar até ao fim da temporada com o objetivo de chegar ao terceiro lugar, já que na Liga Europa as aspirações também não são muito elevadas.

O futebol deve ser uma festa, não uma guerra

A tragédia ocorrida ontem no Egipto, onde, pelo menos 74 pessoas morreram e largas centenas ficaram feridas no final do jogo entre o Al-Masry e o Al-Ahly, de Manuel José, é apenas mais um episódio de uma “novela” infelizmente já vista em vários pontos do globo. Não interessa quem começou os distúrbios. Interessa sim é que os adeptos, por mais fervorosos que sejam, têm de perceber de uma vez por todas que um jogo de futebol é apenas isso mesmo, um jogo. Que deve ser uma festa e não uma guerra. Para além do veterano técnico que deve ter apanhado o maior susto da sua vida, também o brasileiro Fábio Júnior, que passou pela Naval 1º de Maio, esteve em campo, tendo inclusivamente marcado o golo do Al-Ahly que perdeu por 3-1. Infelizmente, Portugal não está fora do rol de países, onde já morreram adeptos num estádio... Aqui fica uma lamentável lista que recorda outras tragédias semelhantes às do Egipto:

1946
Confrontos entre adeptos do Bolton e do Stoke City resultam em 44 mortes em Inglaterra.

1964
Jogo entre Argentina e Peru, em Lima, termina com 318 mortos.

1968
74 morrem no clássico argentino entre River Plate e Boca Juniors.

1971
Jogo entre Glasgow Rangers e Celtic provoca 66 mortos na Escócia

1982
Em Moscovo, o jogo Spartak-Haarlem, a contar para a Taça UEFA, terminou com a morte de 340 pessoas, por esmagamento e asfixia.

1985
Jogo da IIIª divisão inglesa termina com 53 mortos no estádio Bradford City

1985
Pouco antes da final da Taça dos Campeões Europeus, no estádio Heysel, em Bruxelas, 39 pessoas morreram e 117 sofreram ferimentos durante os confrontos entre apoiantes do Liverpool e da Juventus.

1988
8Chuva de granizo e confusão entre adeptos no Nepal termina com 93 mortos.

1989
95 morrem no jogo entre Liverpool e Nottingham Forest, no estádio Hillsborough

1990
Disparos de guardas do presidente Mohamed Siad Barre geram pânico, correria e 62 mortes na Somália

1995
Uma pessoa morre depois de adeptos do Palmeiras e do São Paulo invadirem o relvado do Pacaembu depois final da Supertaça de Juniores.

1996
Jogo entre as seleções de Guatemala e Costa Rica provoca 84 mortos.

2001
Polícia responde com gás e fecha estádio para tentar conter tumultos: 123 mortos em Accra, Gana