Friday, May 15, 2015

Mais dois campeões europeus a jogar nos Distritais

Foi precisamente há 15 anos, a 14 de maio de 2000, que Portugal conquistou o seu quarto título de campeão europeu no escalão de sub-16. Ricardo Quaresma, autor dos dois golos na final contra a República Checa, era a "estrela" da equipa, que tinha ainda outros nomes que vieram a construir uma carreira no futebol internacional, como são os casos de Raúl Meireles ou Hugo Viana. Toninho e Luís Afonso começaram a partida no banco, mas foram lançados nos últimos minutos por António Violante, numa tentativa bem-sucedida dos jovens lusos assegurarem mais um título europeu.

Toninho entrou aos 72' para o lugar de João Paiva, que tem feito carreira no Chipre e Suíça, enquanto Luís Afonso substituiu Custódio aos 81'. Após se sagrarem campeões europeus pelo seu país, tudo se conjugava para que Toninho e Luís Afonso conseguissem singrar no futebol nacional. Contudo, como sucedeu, por exemplo, com Tiago Costa, campeão da Europa de sub-17 que atualmente representa o Merelinense, ou com Ricardo Fernandes, hoje no Penelense depois de ter representado o Chelsea, a transição do futebol jovem para o sénior não decorreu da forma mais desejada para os dois atletas que passaram pela formação do FC Porto. Toninho deu nas vistas no Caldas, onde os "dragões" o foram recrutar. Porém, apesar de ter sido internacional em vários escalões, nunca dispôs de uma oportunidade para mostrar o seu valor no plantel principal do clube portista. Construiu carreira em clubes das zonas do Porto e Aveiro, como Sanjoanense, Pampilhosa, Aliados de Lordelo, Cesarense, Grijó e Perafita FC, que representa há duas épocas.

Curiosamente, Toninho continua a equipar de azul e branco, uma vez que são estas as cores principais do emblema que atualmente ainda luta para se manter na Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto, depois de na última época não ter conseguido a manutenção no Campeonato Nacional de Seniores. O algarvio Luís Afonso também não foi bem-sucedido no norte do país e, com o passar dos anos, foi regressando ao sul. Após terminar a ligação ao FC Porto, passou por Dragões Sandinenses, Tourizense, Sporting de Pombal, Imortal de Albufeira, Campinense, Farense, que chegou a capitanear, Louletano e Quarteirense. Até que há duas épocas chegou ao Culatrense, atual terceiro classificado da 1ª Divisão Distrital da Associação de Futebol do Algarve.

Estes dois jogadores nunca tiveram uma oportunidade no principal escalão do futebol nacional, tal como sucedeu com alguns dos seus colegas campeões europeus em Israel. São os casos de Pedro Miguel, suplente de Bruno Vale, que representa o Salgueiros 08, o capitão Carlos Marques, no Chipre há uma década, ou Nuno Batista, formado no Boavista, que até já deixou de jogar. O mesmo sucedeu com Valdir e Mário Carlos, embora estes tenham chegado a jogar na Primeira Liga.

Artigo colocado originalmente aqui

Foto: Facebook do Perafita FC

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1 comment :

Anonymous said...

Sabe o que isto significa? Que há muitos bons jogadores que por variados motivos, nunca chegaram a singrar.
Mas nas camadas jovens e não só, o que se passa é que há indivíduos extremamente agressivos, de má índole, e esse factor permite-lhes ganhar vantagem sobre os outros jovens, devido a variadas razões, depois quando chegam a seniores, como lidam com pessoas mais velhas, esses factores deixam de ter o peso que tinham, e como o seu futebol é de fraca qualidade, o que os mantinha era a agressividade no mau sentido, a falta de valores, deixam de ter lugar, lugar esse que roubaram a outros não pela sua qualidade, mas por vias desonestas, isso infelizmente acontece muito. Outro exemplo que acontecia muito, era jogadores de origem africana, sobressaírem quando estavam nas camadas jovens, porque tinham mais idade, e depois quando chegavam a seniores, eclipsavam-se, precisamente porque o factor que neste caso lhes dava vantagem, neste caso terem mais anos, deixava de ter preponderância com outros da mesma idade