Tuesday, May 26, 2015

Passados 25 anos a Madeira volta a ter três equipas na Primeira Liga

Longe vão os tempos que nomes "icónicos" do futebol madeirense, como Lepi, Jovo, Beto ou Manú, encantavam nos relvados nacionais. A última presença do União da Madeira na principal divisão do futebol nacional remonta à temporada 1994/1995, e, ao contrário do que se tem escrito, é preciso recuar até à época 1990/91 para se encontrar um registo da Primeira Liga em que figurem as três principais equipas da Madeira.

É que o Nacional, que nos últimos anos tem lutado pelas competições europeias, naquela altura jogava para não descer e não evitou a despromoção no final daquela época. Ao contrário do Marítimo e União da Madeira, que asseguraram uma posição tranquila a meio da tabela. Foi na época 1994/95 que o União não evitou a descida e só duas décadas depois é que garantiu o regresso ao "convívio dos grandes". Na década de 90 do século passado, o União da Madeira era conhecido como o clube das camisolas azuis e amarelas em que os atletas portugueses eram uma raridade. Para além dos "míticos" Agrela e Sérgio Lavos, poucos eram os "intrusos" entre a autêntica legião de brasileiros e de ex-jugoslavos que defendiam as cores dos insulares. Hoje a realidade é outra e aos brasileiros, que continuam a ter um grande peso no plantel, e a um maior número de portugueses, juntam-se agora estrangeiros oriundos de outras paragens, como África. Já da ex-Jugoslávia não se encontra nenhum representante na equipa, que alcançou a subida com contornos dramáticos.

Agora sob o comando técnico de Vítor Oliveira, que alcançou a sua oitava subida ao principal escalão, o União da Madeira está de regresso a uma divisão que mudou muito em relação à sua última presença. A subida de mais uma equipa de um arquipélago com apenas cerca de 250 mil habitantes será certamente um motivo de orgulho para muitos madeirenses, mas, por outro lado, obriga o governo regional a uma maior ginástica na distribuição dos subsídios aos três clubes, que já tinha anunciado que iria cortar em 10 por cento os apoios públicos ao futebol profissional. Um decréscimo que representa perto de 600 mil euros no orçamento regional.

Artigo colocado originalmente aqui



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